In/Out Vogue

Enquanto devorava meu Box de Sex and the City me peguei em uma cena onde Carrie (personagem de Sarah Jessica Parker) resolve passar o dia todo devorando a sua Vogue. Então tive de refletir sobre a nossa querida companheira Vogue Brasil atualmente sob a gestão da Condé Nast e com edição chefe de Daniela Falcão e o seu papel como antiga ditadora de moda.

No clássico filme O Diabo veste Prada, apesar de fictício, mostra bastante sobre as estruturas de uma revista do calibre da Vogue (ao qual a revista do filme é inspirada). De fato, ela possui sim o "poder" de alavancar ou não qualquer carreira artista e por isto esperasse que esta mantenha um alto crivo para com as suas colunas. O problema é quando confunde-se esta alta seleção com alta sociedade, o que infelizmente acontece na Vogue Br. 

Para constatar este fato, comprei a edição de Setembro da Vogue Br e comecei a folear as milhares de paginas iniciais de anúncios, realmente é tudo muito lindo aqueles editoriais. No entanto, para minha infelicidade, o que se ver no decorrer das mais de 300 paginas seguintes nada mais é do que leves dicas conturbadas de moda da temporada primavera/verão 2011, lugares e festas frequentadas pela elite de São Paulo/ Rio de Janeiro e entrevistas "fashionistas" com esta mesma elite paulista e/ou transnacional.

O que houve com o poder de decidir o que seria In or Out na moda que a Vogue tinha (tem)? Serio, tirando o editorial (este sim digníssimo), o que são aquelas milhares de paginas além de anúncios comerciais? Paremos e perguntemos então, nós (não paulistanos e cariocas), por quê comprarmos uma revista que é famosa mundialmente por ter um alto crivo e nos decepciona perdendo esta função a cada dia? Ou melhor, o que a Vogue nos acrescenta hoje? 

Respeito é algo que se consegue com suor e definitivamente se perde facilmente.

Let´s Enjoy!