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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Démodé




Na história da humanidade, tiveram vários heróis lutando por diversos causas: emancipação, escravidão, liberdade, direitos civis, enfim ... uma gama de heróis e seus grandes ou pequenos feitos que inspiraram décadas e hoje podemos desfrutar das consequências destas diversas lutas.E no mundo da moda também não seria tão diferente. Nela encontramos vários "heróis" que triunfaram sobre a "tirania" da sociedade conservadora e passo a passo foi dando cada vez mais a mulher a liberdade.
Basicamente, o mundo da moda sempre deu mais atenção ao universo feminino (pelo menos nos tempos modernos) por diversas razões históricas que não cabem a mim neste momento nos importunar com uma mini aula de história da "evolução sociológica". Então, as mulheres foram pouco a pouco libertadas de vários hábitos sociais paralelamente aos ligados a moda: espartilhos foram desabotoados, vestidos ganharam novas modelagens e peças masculinas foram aprovadas no guarda roupa feminino.
Apesar de toda esta evolução no universo feminino, o que mais podemos notar no mundo da moda é estilista com o mesmo discurso de promessas de Poder ou Liberdade a este universo. De Chanel que revolucionou a moda desde a década de 20 a Alber Elbaz (estilista da Lanvin), Diane Von Furstenberg a mesma missão libertadora é passada de geração em geração. Tornando-se talvez o maior clichê do ramo da moda na contemporaneidade.
Como já afirmei anteriormente, evoluções sociais ocorrem paralelamente a evoluções na moda. No entanto o que podemos constatar nem sempre é isto. Enquanto temos uma liberdade no meio da moda e também no contexto social, por diversos momentos optamos pelo conservadorismo exacerbado e cego, o qual fora a razão para a falta de liberdade nos seculos anteriores. Como aconteceu com a ultima campanha do Perfume "Oh, Lola" de Marc Jacobs, que fora censurado nos EUA por razão de varias denuncias das pessoas que sentiram o seu lado conservador exacerbado cutucado por uma propaganda que na visão destes, usaram indevidamente Dakota Fanning sexualizando a mesma.
Seguindo esta linha de raciocínio, devemos então censurar a grande maioria dos desfiles de moda, brincadeiras de crianças, materiais escolares, formas de casas, prédios e objetos. Enfim, tudo que induz ou  assemelha-se a um pênis ou uma vagina. Que tal uma ideia ainda melhor? Censurar o convívio de nossos filhos e até nós mesmos do convívio com o mundo, pois vivemos as consequências das lutas libertarias e paradoxalmente "não estamos preparados" para o nosso presente?


Let´s Enjoy!

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